Tópicos Segurança Nautica

Já pensou na possibilidade de a sua embarcação de lazer ou trabalho coloca-lo por um qualquer motivo a sua vida ou dos seus amigos e familiares em perigo? Será que já pensou nisto? Com certeza já ouviu falar de um ou outro acidente que muito raramente não ceifa uma vida. O mar mais calmo esconde em si o perigo, por isso, nunca é demais fazer uso das boas práticas a bordo, as quais são tão importantes quão recomendadas e fundamentais.

Deve olhar para o seu barco como quem olha para um aeronave onde você vai “embarcar”, afinal alguns termos técnicos e a forma de atuação na área náutica é muito semelhante a aeronáutica.
Se gosta de fazer trabalhos de bricolage, faça-o naquelas áreas profissionais que não sejam suscetíveis de por em causa a sua integridade física ou dos que lhe estão mais perto.
Evite entregar a sua embarcação para manutenção estipulando ou exercendo pressão para que um valor teto para gastar seja estabelecido (vulgo orçamento para fazer uma revisão) ou restringido de alguma forma a ação do serviço contratado.

Não estabeleça á partida parâmetros que possam condicionar a fiabilidade do seu motor por exemplo “Não é necessário mudar as velas de ignição porque têm poucas horas de funcionamento“, só você vai sair a perder e eventualmente trazer chatice, no mínimo, muito provavelmente o serviço barato resumir-se-á á troca daqueles componentes de uma revisão que você mesmo faria na sua garagem.
Evite colocar a sua embarcação para manutenção precisamente quando o verão está no seu inicio, o serviço na nossa especialidade abranda durante o Inverno, já pensou que os agentes económicos lhe puderam prestar uma melhor qualidade de serviço quando estes se encontram mais folgados desse mesmo serviço? ou pelo contrário acha que quanto mais folgado o agente económico estiver para realizar a manutenção da sua embarcação mais dispendiosa esta irá ser? Retenha este principio fundamental, na manutenção das aeronaves tal como nas embarcações a motor, os componentes são substituídos pelo seu uso temporal ou pelo desgaste em numero de horas de utilização, não por critérios monetários, isto porque a vida humana quer se preservada em desfavor da vida material.

Ao longo de todos estes anos tenho reparado que a maioria dos utilizadores de embarcações de recreio fazem uso destas sem colocarem o conhecido “Cordão de homem ao mar“, reparo também que uma percentagem se não tem este dispositivo a funcionar corretamente afirma que não precisa dele a funcionar, pois ele só tira mobilidade dentro da embarcação e atrapalha, já pensou bem porque razão alguém legislou que este dispositivo teria que ser obrigatório na conceção de um motor marítimo?

Os meios de socorro e salvamento a bordo são uma prioridade fundamental principalmente por serem necessários quando realmente são necessários, além disso acabar o dia com uma multa por não os ter a bordo ou por se encontrarem caducados no prazo de validade é seguramente a primeira coisa que vai querer que não lhe aconteça, retenha sempre a ideia quando sai com a sua embarcação que poderá necessitar realmente de um desses equipamentos, conserve-os por isso em bom estado de funcionamento, operação, validados e principalmente opte por guarda-los no melhor sitio de acesso, não os remeta para o porão onde não incomodam nada nem ninguém, mas que também nunca poderá chegar a eles em caso de realmente necessitar de utilizar esses recursos.

Se pretende adquirir uma embarcação nova, opte por saber qual a palamenta que lhe pretendem ofertar pois se não o fizer muito provavelmente iram oferecer-lhe o que de pior qualidade existe no mercado e que unicamente serve para cumprir com a lei, muitas das vezes os produtos são de tão fraca qualidade que na altura infeliz de ter que os utilizar estes por e simplesmente estão inutilizados por um qualquer motivo.

By António Guerra